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Nova Nota Fiscal Eletrônica entra em fase de testes: o que muda com a Reforma Tributária? 

A tão aguardada transição para o novo modelo de Nota Fiscal Eletrônica já começou. A partir desta terça-feira (1º de julho), empresas de todo o Brasil iniciaram os testes com o novo layout da NF-e e da NFC-e, criado com base nas diretrizes da Reforma Tributária. A obrigatoriedade do novo modelo está prevista para janeiro de 2026, mas o período de testes iniciado agora é essencial para ajustes técnicos e adaptação dos sistemas. Trata-se de uma das mudanças mais impactantes para o ambiente fiscal brasileiro nos próximos anos.

O que muda na prática?

Com base na Emenda Constitucional 132/2023 e na Lei Complementar 214/2025, a reforma prevê a substituição dos atuais tributos federais, estaduais e municipais pelos novos impostos IBS, CBS e IS, até 2033. Para acompanhar essa mudança estrutural, o modelo atual de nota fiscal precisou ser reformulado. 

A principal novidade é a padronização nacional do layout da nota fiscal eletrônica, tanto para NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) quanto para NFC-e (Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica). Essa padronização acaba com os modelos específicos por estado ou município, unificando o processo em todo o país. 

Por que essa padronização é importante?

O novo formato visa simplificar o cumprimento das obrigações acessórias, promover mais controle fiscal e reduzir inconsistências nas declarações tributárias. Para o Fisco, representa um avanço no combate a fraudes e na digitalização dos processos. Para as empresas, oferece mais segurança, clareza e previsibilidade nas operações fiscais. 

Cronograma da transição

  • Julho de 2025: Início da fase de testes em ambiente de homologação; 
  • Outubro de 2025: Liberação do novo modelo em ambiente de produção (uso opcional); 
  • 🚨 Janeiro de 2026: Início da obrigatoriedade do novo modelo em todo o país. 

Durante o período de testes, o preenchimento dos campos referentes ao IBS, CBS e IS será opcional mas altamente recomendável para empresas que desejam sair na frente. 

O que acontece se a empresa não se adequar?

A partir de 2026, notas fiscais emitidas fora do novo padrão poderão ser rejeitadas automaticamente pelos sistemas da Receita Federal e demais fiscos. Isso pode gerar impactos significativos como: 

  • Interrupções no faturamento; 
  • Atrasos logísticos; 
  • Penalidades fiscais; 
  • Perda de competitividade. 

 

Algumas das rejeições mais comuns previstas incluem: 

  • Preenchimento incorreto dos campos de IBS ou CBS; 
  • Percentuais inválidos ou zerados; 
  • Falhas na identificação do regime tributário; 
  • Benefícios fiscais não informados corretamente. 

O modelo atual continua em 2025?

Sim. O layout atual de notas fiscais permanece válido até o final de 2025, permitindo uma transição gradual. Durante esse período, as empresas poderão operar com os dois modelos e testar suas integrações com os novos layouts, reduzindo riscos na virada obrigatória. 

Uma reforma que acelera a digitalização fiscal

A nova NF-e faz parte de um movimento maior de transformação digital promovido pelo governo federal. Além de unificar a emissão de notas, a proposta também prevê a criação do Portal Nacional da Reforma Tributária, onde será possível integrar a escrituração contábil e fiscal num único ambiente, com cruzamento inteligente de dados e entregas unificadas. 

Como sua empresa deve se preparar? 

Apesar da obrigatoriedade estar prevista apenas para 2026, a preparação deve começar imediatamente. Veja algumas ações essenciais: 

  • 📌 Atualizar os sistemas de ERP e emissão de NF com os novos layouts; 
  • 📌 Capacitar as equipes de contabilidade, fiscal e TI; 
  • 📌 Buscar consultoria especializada para avaliar riscos e oportunidades; 
  • 📌 Testar a nova estrutura no ambiente de homologação da Receita; 
  • 📌 Acompanhar publicações técnicas e normativas atualizadas. 

Conclusão: planejamento é a chave para uma transição segura

A nova Nota Fiscal Eletrônica representa uma etapa estratégica da Reforma Tributária. Sua implementação exige um esforço conjunto de empresas, fornecedores de tecnologia e especialistas tributários. 

Quem se adiantar nesse processo terá mais controle, mais eficiência e menos riscos na virada de sistema. A hora de agir é agora. 

Ainda tem dúvidas sobre essa série de atualizações?

Ricardo Pernambuco

Head de vendas e marketing

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