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Segurança de Dados Vai Muito Além do Digital


 

Quando falamos sobre segurança da informação, o imaginário coletivo logo associa o tema a firewalls robustos, senhas complexas e backups automáticos na nuvem. E sim, tudo isso é crucial. Mas existe um ponto muitas vezes negligenciado: o mundo físico.

Relatórios impressos, contratos em papel, fichas de cadastro – tudo isso ainda circula nas empresas, mesmo em ambientes altamente digitais. E o que acontece com esses documentos depois que perdem sua utilidade? Se não forem descartados corretamente, se tornam um risco real de vazamento de dados.

A Visão da Infraestrutura de TI

Do ponto de vista da infraestrutura, somos responsáveis por garantir a segurança de servidores, redes e sistemas. No entanto, nosso trabalho não se limita ao ambiente digital. É nosso papel levantar a bandeira da segurança integrada  aquela que considera tanto o servidor quanto o armário de arquivos.

Por isso, práticas como controle de acesso físico, monitoramento de impressoras compartilhadas e políticas de descarte de documentos (com uso de fragmentadoras e coleta segura de resíduos) são tão importantes quanto a criptografia de dados sensíveis.

E Onde o SAP entra nessa história?

Se você trabalha com SAP, sabe que o sistema concentra dados extremamente críticos: dados de RH, financeiros, fiscais, operacionais – tudo em um só lugar. No contexto de segurança, o módulo BASIS desempenha um papel estratégico.

Administradores BASIS garantem que as permissões dentro do sistema estejam adequadamente configuradas, que os logs sejam monitorados, e que os acessos estejam de acordo com o princípio do menor privilégio. Mas o cuidado com a informação não termina na tela.

Imagine um gerente imprimindo um relatório de salários diretamente do SAP e esquecendo-o na impressora da copa. Ou um projeto com dados confidenciais sendo analisado em um documento físico deixado na sala de reunião. O risco não é técnico, é operacional e humano.

O Papel dos Gerentes de Projeto SAP

Gerentes de projeto têm a responsabilidade de criar uma cultura de segurança, promovendo políticas de proteção de dados também durante as fases de blueprint, testes e go-live. Isso inclui:

  • Criar diretrizes claras para o armazenamento e descarte de materiais impressos.

  • Estimular o uso de ambientes seguros de desenvolvimento e homologação.

  • Garantir que toda a equipe (interna e externa) tenha consciência da proteção da informação em todas as camadas – inclusive no papel.

Conclusão: Segurança Começa na Cultura

A segurança da informação é tão forte quanto o elo mais fraco e muitas vezes, esse elo é um papel impresso esquecido ou mal descartado. Seja na infraestrutura ou dentro de um ambiente SAP, proteger dados exige atenção aos detalhes, tanto digitais quanto físicos.

Cultivar essa consciência entre usuários, equipes de TI, administradores BASIS e gerentes de projeto é o que realmente fortalece a base da segurança.

No fim das contas, proteger dados não é só uma questão de tecnologia – é uma questão de cultura

Fontes:  
LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018) 
ABNT NBR ISO/IEC 27001:2022 – Sistema de Gestão da Segurança da Informação 
Cartilha de Segurança – Cartilha de Segurança – CERT.br / NIC.br
SAP Help Portal – Segurança e Autorizações no SAP 
SAP Press – “Authorizations in SAP S/4HANA and SAP ERP” 
Project Management Institute – PMBOK® Guide 
ISO/IEC 27005 – Gestão de Riscos em Segurança da Informação

Ainda tem dúvidas sobre segurança dentro do sistema SAP?

Ariel Coelho

Analista de TI

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